NAN testa: Nissan Versa SL (Parte 1)

De outubro a julho 16740 unidades do Nissan Versa foram comercializadas no Brasil. Assim, é hoje o segundo carro mais vendido da Nissan no Brasil – atrás apenas do March. Não é exatamente bonito, mas possui muitas qualidades que permitem relevar esta questão. E o preço também influi.

Com a redução do IPI (que deverá acabar no próximo dia 31) o Nissan Versa tem preços partindo de R$ 33.890 na versão S, que possui apenas direção elétrica, airbags, travas e alarme. A versão avaliada, no entanto, foi a SL, topo de linha que hoje custa R$ 41.290. Comparando com os concorrentes – com ênfase em Chevrolet Cobalt e Fiat Grand Siena – , seu preço e pacote de equipamentos é imbatível. O mercado já percebeu isso, a ponto de esta versão ser a mais vendida, correspondendo a 46% das vendas.

Mas o que ela tem? Tudo que se espera em um carro de seu segmento, mas nada que surpreenda. Fazem parte da lista de equipamentos airbag duplo, travas elétricas, alarme, direção elétrica, computador de bordo e rodas de liga leve aro 15”, ar-condicionado, vidros elétricos para as quatro portas – one touch para descida do vidro do motorista -, rádio CD Player 2DIN com RDS, MP3, iPod e entrada auxiliar, retrovisores elétricos na cor da carroceria, maçanetas cromadas, freios ABS, faróis de neblina e o belo quadro de intrumentos “Fine Vision”. Não há opcionais.

Soma-se a isso a presença do motor  1.6 16V, o mesmo disponível para o March. Ele tem comando de válvulas variável, o que ajuda a aproveitar os 111cv de potência e 15,1kgfm de torque disponiveis com gasolina e álcool. O câmbio é manual de cinco marchas, manual. Falarei mais a fundo sobre seu comportamento na próxima parte, mas já adianto que ele responde tão bem quanto no March.

O Versa é um sedã compacto que pertence ao “grupinho” dos que tem porte avantajado. São 4,45 m de comprimento, 1,69 m largura, 1,50 m de altura e 2,60 m de entre-eixos. Como os bancos dianteiros são curtos – assim como o traseiro – e tem encosto fino, sobra muito espaço para as pernas, a ponto de ser possível cruza-las. O caimento no teto, que dá um toque moderno ao design do Versa, compromete um pouco o espaço para a cabeça de quem vai atrás. Pode-se dizer que a altura máxima para viajar ali com conforto é 1,80 m, acima disso fica complicado encontrar uma posição natural. O terceiro ocupante tem cinto de três pontos, mas não um encosto de cabeça;

Mas até que o acabamento interno é bom. Até superior ao da minivan Livina. As portas tem um pedaço de tecido, mas as maçanetas cromadas não combinam com nada… Talvez com o logotipo da Nissan no volante. O quadro de instrumentos Fine Vision é um ponto forte. Ele é bonito, está sempre iluminado e tem grafismos de visualização exemplar, além de combinar com o perfil do sedã, ao contrário do que é visto nas outras versões, que usam o do March.

Curiosamente, no Brasil o Versa tem o mesmo console central do March, com saídas de ar redondas que faz lembrar os olhos Baby Sauro, e o rádio double-din completa sua face. O usado nas unidades norte-americanas, com saída quadradas, me parece mais adequado ao perfil de cliente do Versa.

O rádio parece ser o mesmo usado pelo March SR que testamos em março, e seria idêntico não fosse pela conexão para iPod, que fica posicionada perto da alavanca de freio, junto à tomada de 12V. Mas é apenas para aparelhos Apple… Eu como entusiasta de Android busquei na gaveta um CD com músicas em MP3, pois também não há entrada para USB, cartão de memória ou conectividade Bluetooth. Este último faz parte de um pacote de opcionais do March SR a partir da linha 2013… Quem sabe ele não aparece no Versa também…

Mas, acredite, isso é o de menos…