19 de mai. de 2012

Avaliação: BMW ActiveHybrid 5



A conclusão é simples: o novo BMW ActiveHybrid 5 (primeiro Série 5 híbrido) é uma versão elétrica do 535i e suas marcas de consumo oficiais melhoraram bastante.

São números óbvios nesse novo mundo de automóveis híbridos, onde a adição de baterias e motores elétricos significa superar as marcas de automóveis conven-cionais em testes oficiais. Os apetrechos extras servem para acumular energia que antes era perdida durante freadas e desacelerações, e agora ajudam o carro a se mover com a consciência leve.
O ActiveHybrid 5 não é diferente – um conjunto de baterias de íons de lítio está localizado entre as rodas traseiras, enquanto o conversor de torque foi descartado da caixa automática de oito marchas, substituído por um motor elétrico de 40kW – e exibe marcas de 18,5 km/l e 149 g CO2/km, em lugar dos 15 km/l e 177 g do 535i.

Apesar do ganho de peso – somado à perda de espaço no porta-malas que foi de 520 para 375 litros – os números de potência aumentaram. O 6 cil. em linha biturbo normalmente gera 302 cv e 40,7 kgfm, mas com o auxílio da eletricidade, foram para 335 cv e consideráveis 45,9 kgfm de torque entre 1.000 e 5.000 rpm. Porém, a adição de peso deixou o tempo para chegar aos 100 km/h inalterado.

Porém, todo mundo vai perceber que você é um bom cidadão, preocupado com o planeta. E isso fica bem claro através dos emblemas ‘ActiveHybrid 5’ colados nas colunas C, molduras galvanizadas nas grades dianteiras e nas rodas opcionais Streamline de 18 pol. com desenho especial para melhorar a aerodinâmica. Mas atenção, as originais são 17 pol. e ao optar por rodas maiores, além de colocar em xeque sua consciência ecológica, os números de consumo irão para 17,4 km/l e 160 g CO2/km.
O carro em si faz o que a maioria dos híbridos faz. Arranca silenciosamente ao menor toque no acelerador e roda em modo elétrico com o conta-giros adormecido. Pressione o pé direito e o 6 cil. acorda, mas a transição entre os dois modos é imperceptível. E é imperceptível também quando a unidade a gasolina se desliga ao entrar no modo elétrico, quando ele é desconectado das homocinéticas, enquanto o ActiveHybrid continua flutuando a até 160 km/h em EcoPro, ou 80 km/h no modo Comfort (mas nem perto disso em Sport ou Sport +).

Claro que essas coisas não serão bem assim se você tiver uma serra para subir, mas no plano e sem pressa, o 3.0 l descansa. E diferente de outros modelos que utilizam a técnica do desacoplamento (Audi S-tronic, Q3 e Porsche 991 PDK) este não reacopla e religa ao menor contato com os freios para ajudar com freio motor, afinal, isso aniquilaria qualquer tentativa de economizar.
O motor elétrico atua como um gerador para a bateria ou para ajudar o motor a gasolina em situações como ultrapassagens, e aqui você conta com marchas de verdade para alcançar este desempenho, diferente de um Lexus com caixa CVT, que torna a tarefa de chegar a giros alto monótona. Mas não deixa de ser estranho dirigir um Série 5 a gasolina, já que os modelos diesel são os mais procurados na Europa. Tirando o M5, não me lembro de ter conduzido um 5 a gasolina. O ronco do 6 cil. em linha soa estranho, mas é muito bem-vindo.
O restante do carro não muda muito de um Série 5 usual: direção direta e conectada, boa estabilidade, dirigi-bilidade confortável, ajudada em nosso carro de avaliação pelo opcional Dynamic Damper Control, que o deixa mais sensível, informativo e honesto do que um Lexus GS450h, por exemplo. Este aqui é o híbrido mais significativo no mercado.

Mas acho que um 535d é melhor. Pesa 125 kg a menos e conta com 64,2 kgfm, além de ser 4 décimos mais rápido para chegar aos 100 km/h. É mais barato (R$ 7 mil, na Europa), econômico (22 km/l) e emite pouco, 142 g CO2/km, indicador importante, já que na Europa os impostos variam de acordo com as emissões de CO2 de cada modelo, não de NOx (Óxido de Nitrogênio), gás emitido em abun-dância por motores diesel.
Na verdade, países como Japão e Estados Unidos se preocupam mais com o Óxido de Nitrogênio (NOx) emitido do que com o CO2 e estes dois países sozinhos absorverão 1/3 da produção do ActiveHybrid 5 – países que o veem como uma alternativa bem mais limpa de um motor reconhecidamente eficiente. Sem uma grande certeza do quão mais eficientes os híbridos devem ser em relação aos convencionais, a opção por um deles se relaciona muito mais à imagem de quem os adquire, do que os números finais mostram ao meio ambiente.

MOTOR: 6 cil. em linha 2.979 cc 24V biturbo ajudado por motor elétrico de 40kW; 302 cv @ 5.800 rpm, 40,7 kgfm @ 1.200-5.000 rpm, mais 54 cv/21,4 kgfm (total combinado de 335 cv @ 5.800 rpm e 45,9 kgfm @ 1.000-5.000 rpm)
TRANSMISSÃO: Oito marchas automático com motor elétrico de 40kW integrado, tração traseira
DESEMPENHO: 0 a 100 km/h em 5,9 s, 250 km/h, 18,5 km/l, 149 g CO2/km



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