O Carro mais antigo em produção no Brasil, a veterana Volkswagen Kombi acaba de completar 55 anos de história. Com mais de 1,53 milhão de unidades produzidas, o modelo já faz parte da própria cultura do País. Conheça a trajetória da "Kombosa".
A produção da Kombi no Brasil começou em 1957, na fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo (SP). Porém, o modelo já era vendido no País desde 1952, quando começou a ser importada da Alemanha, junto com o Fusca, pela Brasmotor. Com mecânica robusta e fácil de consertar (a maior parte de suas peças eram compartilhadas com o Fusca), a Kombi logo ficou famosa pela resistência, sendo o veículo ideal para levar pessoas e carga a lugares onde o asfalto não tinha previsão de chegar. Produzida de 1957 a 1997, a primeira geração da Kombi recebeu inúmeras variações: tinha perua para nove pessoas (com seis portas), furgão, picape cabine simples e cabine dupla. Havia até uma versão motorhome, feita pela Karmann.
Em 1997, a Kombi brasileira finalmente recebeu as alterações da segunda geração, com nova dianteira, traseira e porta corrediça do lado direito. "Somente" 30 anos atrasada, a versão tinha como exclusividade o teto elevado, inexistente na Kombi europeia.
De lá para cá, a Kombi foi atualizada apenas para atender à legislação vigente, recebendo inclusive injeção eletrônica. No entanto, motor boxer 1.6 refrigerado a ar chegou ao limite de emissões de poluentes e foi substituído em 2005 pelo 1.4 flex que equipava o Fox destinado à exportação. Junto com o propulsor veio o obrigatório radiador, até então visto apenas na extinta Kombi diesel.
Presente até hoje em São Bernardo do Campo (SP), a linha de produção da Kombi é a mais arcaica da fábrica da Volkswagen — até 2005, o motor era erguido "no muque" pelos funcionários para ser acoplado à transmissão.
E se engana quem pensa que a Kombi foi esquecida pela Volkswagen. Apresentada no Salão de Genebra de 2011, a e-Bulli é uma interpretação de como seria a nova Kombi. Este é um projeto de releitura da clássica Kombi. Segundo o criador, o designer Du Oliveira, "a ideia é manter o formato 'pão de forma' clássico, com motor atrás refrigerado a água, permitindo ao motorista ficar em cima do eixo dianteiro".
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