Esta matéria não se trata exatamente de um comparativo, mas de um resgate à memória das brincadeiras da infância ou uma homenagem ao passatempo de alguns adultos. Montar a pista e acelerar os carros no autorama ou finalmente conseguir achar a réplica que faltava na coleção de miniaturas são um deleite para quem dedica grande parte do tempo a estes hobbies. Trazê-los para a vida real não é impossível. Neste caso, a Audi e a Citroën poderão ser as fadas madrinhas.
Pelo preço, não é possível comparar Audi A1 com Citroën. Enquanto o A1 é importado sem qualquer opcional por R$ 93 mil, o DS3 sai da loja por R$ 79.900. O único opcional do Citroën, no entanto, são os bancos de couro, enquanto o Audi pode receber um pacote completo com equipamentos esportivos e navegador. Os mimos, porém, têm seu preço: adicionam R$ 17.825 ao valor. Um ponto em comum, no entanto, é inegável aos dois modelos: a sensação de ter voltado ao tempo.
Audi A1
Controle remoto na ponta dos dedos
No Brasil, o autorama passou a ser fabricado a partir de 1964. Nos circuitos profissionais, com até 100 metros de extensão, os carrinhos podem passar dos 100 km/h. Quase cinco décadas depois, a Audi mostrou sua versão do carrinho motorizado no mercado brasileiro. O A1, que traz um motor turbo de 1,4 litro de 122 cv de potência, passa a barreira dos 200 km/h de velocidade máxima, chegando aos 203 km/h.
É um carro urbano, mas com vocação para tirar o motorista da monotonia. Com câmbio de sete velocidades com tecnologia de dupla embreagem, o torque - de 20,4 mkgf, alcançado entre 1.500 e 4.000 giros - é mantido sem interrupção entre as mudanças de marcha, o que permite ao motorista brincar tanto em trecho urbano como acelerar na estrada sem se queixar do desempenho do carro.
O ronco do motor, apesar de ter turbo, não grita esportividade. O A1 nasceu para ser o menor modelo da Audi e, por consequência, sua principal característica é a agilidade para sair, retomar, desviar e ultrapassar. Somadas à transmissão S-tronic, as borboletas atrás do volante ajudam nestas funções. Mesmo com suspensão firme, não é desconfortável rodar no trânsito com o compacto.
Pelo tamanho - 3,94 m de comprimento por 1,74 metro de largura -, o Audi permite diversão a quatro passageiros, mas só os da frente poderão tirar proveito pra valer, pois os de trás ficarão completamente espremidos para curtir o circuito. Na frente, não vai faltar distração: o A1 pode ser equipado com navegador 3D, controlado por uma central multimídia que coordena outras funções do carro, e com um sistema de som Bose, com 14 alto-falantes. Com o kit esportivo - nas cores preta, cinza e vermelha, que vão desde os tapetes até o revestimento da direção -, o A1 sempre vai ser o pole position nos semáforos.
Citroën DS3
Desfile de charme estilo
Se na estante, uma miniatura do DS3 na cor vermelha já chamaria a atenção, imagine rodar com ele em uma grande cidade como São Paulo. A diferenciação nos detalhes já começa pela logomarca, que não é a mesma dos Citroën, uma vez que a linha DS é considerada um produto premium para a montadora francesa. E para caracterizá-lo, o fabricante não economizou em estilo: uma fileira vertical de lâmpadas de led ao lado dos faróis de neblina, retrovisor externo cromado e roda de liga leve na cor branca são alguns exemplos.
Além do adorno na carroceria e na cabine, um motor turbo 1.6 de 165 cv de potência, desenvolvido em parceria com a BMW, foi escolhido para impulsionar o compacto, junto de uma caixa de câmbio manual de seis velocidades. A "miniatura" não se intimida quando o pé faz pressão no acelerador. Cabe ao motorista fazer o desfile ficar mais divertido por conta da transmissão manual.
O torque máximo, de 24,5 mkgf, já aparece a 1.400 giros. Aliado ao sistema overboost - que altera o funcionamento da turbina para entregar mais potência a partir das 1.500 rotações -, o motorista recebe em troca agilidade e disposição do motor em qualquer faixa de rotação.
Desfilar com o DS3, no entanto, não é uma tarefa cômoda. O ajuste firme do conjunto da suspensão, que não sofreu adaptação para rodar no Brasil, provoca uma sucessão de sacolejos dentro do carro, fazendo com que em qualquer valeta, lombada ou obstáculo, o condutor tenha de reduzir a velocidade para a primeira marcha. Todo cuidado é pouco para não fazer os passageiros se agarrarem aos puxadores da cabine.
A dianteira agressiva do DS3, somado aos detalhes na lateral passam uma impressão de que ele é maior que o Audi. Na verdade, as medidas são praticamente idênticas: 3,94 m de comprimento por 1,71 metro de largura (sem contar os retrovisores externos, que dobram automaticamente). Aliado à direção elétrica, fica tão fácil manobrar e estacionar como se realmente fosse uma miniatura.
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