12 de fev. de 2012

Afinal, o que mudou? – Fiat Palio



Quando foi flagrado pela primeira vez rodando em testes com uma camuflagem bem pesada, a nova geração do Fiat Palio gerou um impacto forte na imprensa automotiva. Muitos caçavam o modelo nas redondezas da fábrica da Fiat, em Betim (MG), para conseguir pelo menos um detalhe do modelo que daria boa repercussão na internet. Foram muitos meses para ajustar todos os componentes do novo Palio para ele ser lançado.
E finalmente a Fiat apresentou o modelo, e muitos se surpreenderam e outros não gostaram da nova geração do hatch compacto, que vivia há 15 anos no mercado nacional sem nenhuma alteração importante na carroceria – apenas reestilização, motorização modificada e interior alterado – e com um total de 2,5 milhões de unidades vendidas.

Contudo, dando continuidade à sessão exclusiva do Noticias Automotivas “Afinal, o que mudou?”, resolvemos comparar a novíssima geração do Palio com a antiga. É evidente que o novo Palio nada tem a ver com a “quarta geração” do Fiat.
O antigo Fiat Palio adotou a dianteira inaugurada pelo sedã Siena em meados de 2008, com faróis arredondados e uma bola na parte inferior da peça que dava o toque final a dianteira do modelo. A grade dupla também era bonita, com detalhes em cromados e filetes horizontais.

Se por um lado a dianteira do veículo era tanto quanto diferenciada e bonita, a lateral do hatch já era uma velha conhecida dos brasileiros. O desenho das portas e das janelas era praticamente o mesmo do primeiro Palio lançado em 1996. Porém, com o passar dos anos e com a chegada das novas gerações, a Fiat foi dando leves retoques, aplicando vincos e um novo tipo de maçanetas.
Na traseira… Bem, ai estava um dos principais pontos críticos do carro. As lanternas era o principal componente que praticamente ninguém gostava. Muitos preferiam as lanternas do antigo Palio, que hoje é vendido como modelo de entrada da gama do modelo com o codinome Economy.

Já no interior, havia também várias criticas negativas. O acabamento não era lá essas coisas – com plásticos relativamente duros, apesar de estar na média dos demais automóveis da categoria – e as saídas do ar-condicionado bem abaixo do que o convencional no console central do painel, onde na troca de marchas na alavanca do câmbio o motorista “congelava” as mãos. O espaço traseiro também era tanto quanto limitado.
Nas últimas do antigo Palio, a Fiat renovou a gama do veículo inserindo o novo motor 1.6 E.torQ nas versões mais caras, linha de propulsores já utilizada pelo Punto, Linea, Palio Weekend, Bravo, Strada, Doblò e Idea.

Agora o assunto é o novo Palio, lançado em setembro e que nada tem a ver com o exemplar antigo, desde ao visual até as dimensões.
De cara, o novo Palio adotou a nova identidade visual da Fiat, marcada pelo enorme “bocão” frontal, pelo faróis com linhas arredondadas – parecidos com o do irmão maior Punto – e pelo “bigodinho” cromado que ostenta o logotipo da marca na parte central, emprestado pelo retro Cinquecento, além dos faróis de neblina com suporte em formato lembrando uma folha de árvore.

Visto de lateral, vemos as novas janelas com formato arredondado e os retrovisores “gordinhos” e com melhor visibilidade. As maçanetas são praticamente as mesmas do Palio anterior. E na extremidade delas, há um vinco que marca a lateral. As caixas de rodas sobressaem da lateral.
A traseira, entretanto, foi um dos pontos que mais recebeu modificações. As lanternas ganharam formato parecido com de modelos da Volvo e uma iluminação tanto quanto estranha, que segundo a Fiat lembra turbinas de avião. A tampa do porta-malas ganhou cantos chanfrados, e a partir da versão Attractive 1.4 a abertura do compartimento é realizada através do “Logo Push”, método já utilizado pelo hatch médio Bravo. No para-choque há um suporte de placa predominante e com refletores nas extremidades, bem parecido com o do Uno.

Por dentro o Palio evoluiu. O interior cresceu, graças ao novo entre-eixos que foi aumentado em 5 cm e agora tem 2,42 metros. A altura ganhou 6 cm e agora tem 1,51 m e na largura o Fiat ganhou 3 cm ficando com 1,67 m. Mesmo o entre-eixos crescendo apenas 5 centímetros, o espaço para as pernas foi ampliado em 10 cm ao total.  A plataforma é a derivada da utilizada no novo Uno, com o entre-eixos alongado. A suspensão foi retrabalhada. É McPherson na dianteira com braços inferiores, para reduzir oscilações laterais e longitudinais. Atrás, é por eixo de torção.
Apesar do material empregado no interior não arrancar suspiros, a cabine do novo Fiat Palio é bem resolvida. Agora o painel é divido em três partes e a atenção especial vai para o volante, que adotou formas circulares e melhor empunhadura, além de poder ser equipado com controles do rádio e borboletas para trocas de marchas, na versão com câmbio Dualogic.

As saídas de ar agora são arredondas que, apesar de não serem estilosas, são funcionais e práticas. O painel de instrumentos é bem parecido com o do Punto, enquanto o console central adotou um aplique preto que ostenta o rádio (opcional) e logo abaixo vêm os controles de ar-condicionado, que tem acionamento um pouco duro e áspero.
O painel das portas também foi renovado, e mais uma vez lembra o Punto, principalmente nas maçanetas. Na versão Sporting, o Palio adota tonalidades intrigantes na cabine, em vermelho nos bancos, na segunda parte do painel, no volante e nas portas, além dos adereços externos, como adesivos, rodas diferenciadas, spoilers, saias laterais, bordas na caixa de roda, ponteira de escapamento dupla, suspensão levemente rebaixada e uma peça lateral que simula uma entrada de ar.

O porta-malas cresceu pouco, onde agora comporta 280 litros, ante 275 da geração anterior.
O novo Palio ocupa exatamente o mesmo ponto que o antigo na escala de modelos da Fiat. Tanto que os preços mudaram muito pouco, inclusive em relação a conteúdo. Houve um aumento de 3 a 4%, exceto na versão de entrada, que ficou míseros R$ 10 mais barata.

Começa com o Attractive 1.0 por R$ 30.990 e traz de série direção hidráulica, limpador/desembaçador traseiro e computador de bordo. O Attractive 1.4 custa R$ 34.290 e adiciona, além do motor maior, o terceiro apoio de cabeça atrás, chave canivete com telecomando, faróis de neblina, vidros elétricos dianteiros e travas elétricas.
Na sequência, vêm as versões com motor 1.6 16V, que podem recebem câmbio automatizado, com trocas na direção e cruise control, por R$ 2.500. A Essence começa em 37.990 e acrescenta de série apenas o ar-condicionado.

A versão Sporting estreia na linha a R$ 39.990 e agrega ainda minissaia dianteira, spoiler traseiro, rodas de liga leve de 16’’ e volante em couro. A Fiat espera que, com a nova geração, o Palio volte a dar a mesma resposta que apresentava antes da chegada do novo Uno, ano passado.
E você, o que achou do novo Palio?




























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