Um pouco mais a frente vi na Netz (uma das 4 redes de concessionárias da Toyota) um belo 86 branco pérola, bem na entrada da loja. Curioso, resolvi entrar na revenda para conhecê-lo. Só queria conhecer melhor o exterior (é muito mais bonito pessoalmente do que por fotos) e o seu acabamento interno.
Prestativo, o vendedor mal esperou eu descer do meu carro e já começou a me explicar sobre o modelo, seus preços e opcionais. No meio da conversa – e aproveitando que eu ainda tinha um tempinho livre disponível, resolvi (bastante ansioso) pedir ao vendedor para dar uma volta no tão comentado Toyobaru. Foi um passeio rápido, num percurso de 3 km e não durou nem 10 minutos, mas o suficiente para conquistar quem vos conta esse relato…
Para um carro que custa entre 2 e 3 milhões de ienes (49.850 a 74.800 reais), o habitáculo é muito bem acabado. A parte superior do painel é acolchoada, o conjunto tem desenho simples mas transmite esportividade – o conta-giros com fundo diferenciado e na posição central se destaca no quadro de instrumentos.
Na parte inferior central, aonde há as costuras vermelhas, é tudo macio ao toque também. o mesmo pode se dizer do revestimento das portas. Como o carro que andei era o topo de linha (GT Limited), o AC é digital e dual zone. Os bancos possuem revestimento dos apoios de cabeça e laterais em couro e a parte central é em Alcântara.
Bancos traseiros são meros enfeites a não ser que vá carregar uma cadeira para crianças ou uma pessoa com menos de 1.50m (e olhe lá). Com o banco dianteiro todo recuado, o espaço para as pernas é nulo. O mesmo pode se dizer do porta-malas, raso e de reduzido comprimento. Mas se dobrar o banco traseiro dá para colocar um jogo de rodas como mostrado no catálogo do veículo – e talvez esse seja o seu melhor uso. Mas espere aí! Eu estou falando de um esportivo, e não um carro familiar!
Sento no carro e me lembro que fazia muito tempo que não entrava num carro tão baixo (normalmente o nível mais baixo para mim é sentar no meu Mark II). Mas isso é bom, me faz lembrar os Nissan Silvia dos anos 90, assim como o revestimento do teto preto – nada de cores claras para aumentar a sensação de espaço.
O banco bastante abaulado abraça bem o corpo, passa uma impressão de segurança – como se dissesse: pode confiar, o negócio aqui é se divertir. A visibilidade é boa para frente (para dizer a verdade só se consegue ver o topo dos para-lamas, pois o capô é baixo) e para os lados, mas reduzida atrás – como todo cupê que se preze.
Hora de dar a partida. Procuro a chave na coluna de direção (como se fosse dar partida no meu carro) e o vendedor aponta o dedo para o botão no console central… Eu sabia disso, claro – li e reli umas 200 vezes o catálogo do modelo! Mas estava tão ansioso que acabei esquecendo deste detalhe.
Apertei o botão e… Esbocei um sorriso maroto ao escutar o Boxer borbulhando… Que som gostoso! Se original é assim, imagine com um escape HKS, Blitz ou um similar… Sabia que não podia correr e nem brincar, afinal o vendedor estava do meu lado. Engatei o D – “Peraí, o D? Automático!? Fala sério…”, a maioria de vocês devem pensar isso… Mas sim, é um automático de 6 marchas.
E quer saber, gostei dele. Trocas bem rápidas e acredito que perde se pouco da esportividade (não deu pra andar rápido para avaliar melhor). Se é permitido usar DSG, PDK,DCT e muitas outras variantes num esportivo, porque não usar uma boa e confiável transmissão automática?
Vou acelerando e escutando o ronco gostoso do carro entrar na cabine… Sinceramente, acho que os projetistas fizeram um buraco proposital na parede corta-fogo só para permitir a entrada do barulho do motor no interior… Só pode! A vontade que dá e de manter o carro somente acima dos 2.500 rpm… só para ouvir o ruido entrar…
O trânsito ficou um pouco mais livre e me permitiu uma pequena esticada. Percebi que seus 200 cavalos são vigorosos e o torque está bem distribuído. O câmbio faz o seu papel perfeitamente, trocando as marchas quase tão rápido quanto os concorrentes mais modernos.
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