Até o atual momento, o Azera acumula uma boa média de 757 carros por mês. Mas, como o preço deve subir, a tendência é que este desempenho mude bastante. Um dos principais problemas de vendas do Fusion V6 está exatamente dentro de sua linha.
A versão com motor 2.5 é comercializada por R$ 83.660 e tem visual quase idêntico. Ou seja, o argumento de vendas da configuração com motor maior está exatamente aí. E isso é bem justificável. Afinal, sob o capô está um propulsor V6 com bloco e cabeçotes de alumínio, duplo comando no cabeçote e sistema de abertura variável das válvulas na admissão.
A oferta de equipamentos também é interessante. O Fusion V6 FWD já vem com bancos revestidos em couro, ar-condicionado digital dual zone, seis airbags, ABS, controles de estabilidade e de tração, ajustes elétricos dos bancos dianteiros e cruise control.
Ainda há a tela de oito polegadas sensível ao toque acoplada com o sistema de entretenimento Sync, que permite realizar algumas funções via voz. O sistema de som tem 12 alto-falantes e tem conectividade com Bluetooth, USB, iPod e tem 10 GB de memória interna. Em relação ao V6 com tração integral, só perde o sistema de monitoramento de ponto cego, câmara de ré e sensor de chuva.
Além do Hyundai Azera, a briga do Fusion V6 é com modelos como Honda Accord V6 e Toyota Camry V6, que custam em torno de R$ 130 mil. Ainda existe o Volkswagen Passat, que não tem o motor V6, mas tem um moderno conjunto mecânico. Nesse caso, no entanto, o simbolismo dos seis cilindros em “V” é mais importante até que o seu desempenho.
Ponto a ponto
Desempenho – O motor V6 de 243 cv consegue fazer o Fusion acelerar de maneira bem convincente. Os generosos 30,8 kgfm de torque ajudam a levar os mais de 1.600 kg do sedã mexicano a velocidades elevadas sem grandes dificuldades. O grande peso do carro só atrapalha mesmo em rotações muito baixas, quando a força máxima do propulsor ainda não está disponível. Nesse caso, é só pisar fundo e ver o câmbio automático de seis marchas reduzir as relações e aumentar o giro para o sedã voltar a ser ágil. Nota 9.
Estabilidade – É neste ponto que a ausência da tração integral é mais sentida. Apenas com tração dianteira, a grande massa do Fusion mostra uma ligeira tendência ao subesterço. Mesmo assim, o Fusion torce pouco e a sensação de segurança ao volante do sedã é constante. Em retas, a comunicação entre rodas e volante se mostra precisa mesmo, em grandes velocidades. Nota 7.
Interatividade – O painel de instrumentos do Fusion é completo e de visualização simples. A grande tela central que reúne informações do sistema de som e ar-condicionado é sensível ao toque e com funcionamento bastante intuitivo. O que demora um pouco para se acostumar é o fato de que a Ford juntou as alavancas que ficam atrás do volante em uma só – os comandos ficam todos do lado esquerdo. Os botões para trocas de marchas manuais estão posicionados na alavanca do câmbio – um local estranho. A versão também não conta com câmara de ré, importante para um carro grande e com pouco visibilidade traseira. Nota 7.
Consumo – O computador de bordo do Ford Fusion marcou que o motor V6 consumiu 6,5 km/l de gasolina. O InMetro não tem medições para esta versão do Fusion. Nota 5.
Conforto – O espaço interno é bom dentro do sedã feito no México. Todos os ocupantes têm espaço para cabeças, ombros e pernas. A suspensão tem um ajuste muito correto e absorve com grande competência os impactos. O isolamento acústico do carro é bem feito e poucos barulhos do exterior entram na cabine do modelo da Ford. Nota 8.
Tecnologia – A plataforma do Fusion, de 2005, ainda é recente e tem boa rigidez torcional. O motor V6 é moderno e tem bloco e cabeçotes feitos de alumínio e abertura variável das válvulas na admissão. A lista de equipamentos é recheada e conta com seis airbags, ABS, ESP, sistema de som com tela sensível ao toque de oito polegadas e HD interno de 10 Gb. Faltam sistemas de segurança mais sofisticados. Nota 7.
Habitalidade – A cabine do Fusion reserva uma decente quantidade de porta-trecos. Além dos mais tradicionais, há um no apoio de braço e outro na parte superior do painel – este último, pouco útil por causa de sua localização. Os acessos ao interior são fáceis e o porta-malas leva ótimos 530 litros de bagagem. Nota 8.
Acabamento – Para um carro que beira os R$ 100 mil, o acabamento do Fusion é apenas aceitável. O encaixe das peças é perfeito, mas existe uma grande quantidade de plásticos espalhados pelo interior. Os bancos são de um couro de boa qualidade, assim como o revestimento do volante. Nota 6.
Design – A reestilização de 2009 fez muito bem ao sedã médio-grande da Ford. O desenho em geral ficou muito mais imponente e agressivo. Destaque para a dianteira, com a impactante grade cromada e os faróis bem angulosos. Nota 8.
Custo/benefício – Claro que pagar R$ 94.360 em um carro não é pouco, mas o Fusion apresenta uma boa relação custo/benefício para o que se propõe. Tem boa lista de equipamentos e um belo desempenho dinâmico. Os rivais mais tradicionais como Honda Accord, Volkswagen Passat, Chevrolet Malibu e Toyota Camry ou são menos equipados, ou são bem mais caros. Nota 8.
Total – O Ford Fusion V6 FWD somou 73 pontos em 100 possíveis.
Primeiras impressões - O “V” da questão
A fama do Fusion no mercado brasileiro é de carro de executivo. E o visual mostra bem isso. É um sedã bem desenhado, mas sem exageros e que, à sua maneira, chama a atenção. Mas é pisando no acelerador que ele se mostra realmente interessante.
Na versão FWD com motor V6, o desempenho é muito bom. Os 30,8 kgfm de torque se mostram empurrar os mais de 1.600 kg do sedã. A aceleração até os 100 km/h é feita em menos de 9 segundos. Se não fosse a limitação eletronica da Ford a 180 km/h, o Fusion teria fôlego para ir muito além.
A transmissão automática de seis velocidades tem trocas suaves e é bem escalonada. Só o botão para troca manual é pequeno e mal localizado – na lateral da alavanca do câmbio. Dinamicamente, o Fusion mostra um bom acerto, mas as curvas não são superadas tão facilmente quanto na versão com tração integral.
O carro mostra uma leve tendência a sair de frente, mas nada que comprometa a segurança ou a estabilidade do veículo – inclusive pela presença do controle eletrônico de estabilidade. Mesmo sem ele, no entanto, basta aliviar o acelerador para que o sedã retorne ao controle. Em retas, a direção é precisa e não há sinais de flutuação até onde o limitador de velocidade permite chegar.
No interior, o Fusion mostra a sua vocação mercadológica. Como é feito para ser vendido nos Estados Unidos, o habitáculo não recebe um acabamento tão primoroso quanto o de um modelo europeu do mesmo segmento. Existem plásticos rígidos à mostra e nem tudo é “soft touch”.
Entretanto, os encaixes são perfeitos e não há rebarbas aparentes. Ao menos, espaço é o que não falta. Os 2,72 metros de entre-eixos garantem que qualquer um dos cinco ocupantes se posicione de maneira confortável. Os dos bancos dianteiros ainda contam com mimos como o ajuste elétrico e aquecimento.
A tela de oito polegadas sensível ao toque junto com o sistema Sync – feito em pareceria com a Microsoft – ajuda a passar uma sensação de requinte, mas a Ford poderia disponibilizar logo o GPS para o Brasil. Enquanto isso não acontece, um mapa todo azul é mostrado no visor. Um lamentável desperdício de tecnologia.
Ficha técnica - Ford Fusion V6 FWD
Motor: Gasolina, dianteiro, transversal, 2.967 cm³, seis cilindros em “V”, quatro válvulas por cilindro. Comando duplo de válvulas no cabeçote, com sistema variável de abertura das válvulas de admissão. Injeção eletrônica multiponto sequencial e acelerador eletrônico.
Transmissão: Câmbio automático de seis velocidades à frente e uma a ré com opção de mudanças sequenciais. Tração dianteira. Oferece controle eletrônico de tração.
Potência máxima: 243 cv a 6.550 rpm.
Aceleração de 0 a 100 km/h: 8,5 segundos.
Velocidade máxima: 180 km/h, limitada eletronicamente.
Torque máximo: 30,8 kgfm a 4.300 rpm.
Diâmetro e curso: 87,4 mm x 94,0 mm. Taxa de compressão: 10,3:1.
Suspensão: Dianteira independente, com braços curtos e longos, molas helicoidais, amortecedores pressurizados e barra estabilizadora. Traseira independente com braços múltiplos, molas helicoidais e amortecedores pressurizados e barra estabilizadora. Oferece controle eletrônico de estabilidade.
Pneus: 225/50 R17.
Freios: A discos na frente e atrás. ABS e EBD.
Carroceria: Sedã em monobloco, com quatro portas e cinco lugares. 4,84 metros de comprimento, 1,83 m de largura, 1,44 m de altura e 2,72 m de entre-eixos. Airbags frontais, laterais e do tipo cortina.
Peso: 1.620 kg em ordem de marcha.
Capacidade do porta-malas: 530 litros.
Tanque de combustível: 50 litros.
Produção: Hermosillo, México.
Lançamento: 2005.
Lançamento no Brasil: 2006.
Itens de série: Ar-condicionado dual zone, bancos de couro, direção elétrica, trio elétrico, sistema de som com 12 alto-falantes e rádio/CD/MP3/USB/iPod/DVD e memória interna de 10 GB, sistema Sync, tela de oito polegadas sensível ao toque, ajustes elétricos dos bancos dianteiros, sensor de estacionamento, monitoramento da pressão dos pneus, airbags frontais, laterais e de cortina e ABS com EBD.
Preço: R$ 94.360.






















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